Piso enfermagem: entidades dizem não ter recursos para reajuste
- Bruno Milano
- 25 de ago. de 2022
- 2 min de leitura

Via CBN Curitiba
No Paraná, a Fehospar – Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviço de Saúde no Estado afirmou nesta quarta-feira (24) que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ingressar em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), protocolada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde).
A ação questiona a Lei que fixa o piso salarial para enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem e para parteiras. O piso estabelecido na lei para os enfermeiros, e que passa a valer no mês de setembro, é de R$ 4.750. Técnicos de enfermagem têm como piso 70% desse valor (R$ 3.325), e auxiliares de enfermagem e parteiras 50% (R$ 2.375).
De acordo com Bruno Milano, advogado da Fehospar, a decisão foi tomada sem consultar as entidades. É preciso um equilíbrio para fechar as contas.
Um levantamento com mais de 2,5 mil estabelecimentos de saúde de todo o país apontou que o novo piso provocará o fechamento de mais de 20 mil leitos (cerca de 27 leitos por instituição) e de mais de 83 mil postos de trabalho.
Há anos a categoria aguarda este reajuste. Os enfermeiros esperavam, além do aumento do salário, uma diminuição na jornada de trabalho. Mas, nesta lei a redução para 30 horas ficou de fora.
Natanael Marcini, presidente do Sindicato dos profissionais da saúde no Paraná (Sindesc) conta que os profissionais estão com receio. Há risco de demissões em massa.
Recentemente a Federação dos Trabalhadores em Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado do Paraná (FETRASAÚDE), se posicionou e reforçou que o piso deve ser aplicado imediatamente nas folhas de pagamento no mês de setembro e que a jornada de trabalho não se altera, pois, não foi discutido na Lei em questão.
A reportagem da CBN Curitiba aguarda um posicionamento do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren).
Por: Grasiani Jacomini
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